terça-feira, 26 de outubro de 2010

HISTÓRIAS DO BRASIL
(comemoração 500 anos)

Dom Manuel de Portugal,venturoso português, avisou para Cabral:
_ Vá depressa a todo pano antes que o americano tome aquilo de uma vez!
E Cabral bom comandante querendo ao rei ser gentil, atirou-se no mar distante e num 22 de Abril quando avistou a terrinha, disse a Pero Vaz:
_ Caminha vai ver se aquilo é o Brasil.
E Pero dando uma olhada, disse ao nobre lusitano:
_ Ó Cabral meu camarada, não pode haver mais engano, tá tudo azul cor de anil, só pode ser o Brasil tá cheio de americano.
E Cabral diz:
_ Ai Jesus! Vamos a terra benzer com o nome de Santa Cruz. Pro gajo não se meter sobes ao Monte Pascoal e dizes que a Portugal o Brasil vai pertencer.
Porém, logo ao pôr do sol quando a noticia correu, no mar gritou o espanhol:
_ Portuga, o Brasil é meu.
_ Vai pro raio que te parta; já mandamos a carta, Portugal já recebeu.
Depois de tudo já certo confiram o Papa afinal:
_ O Brasil foi descoberto por Pedro Álvares Cabral. Já mandei um jesuíta para acabar com esta grita o Brasil é de Portugal.
Nem por isso os holandeses respeitaram os portugueses e uma poderosa nau, guarnecida de trabuco e comandada por Nassau, aportou em Pernambuco dando início ao quebra pau. Queriam os holandeses levar também o seu quinhão:
_ Vocês não deram aos franceses lagosta do Maranhão?
Portugal fez a proposta:
_ Já que não tem mais lagosta, vai Felipe Camarão.
Napoleão Bonaparte pequeno que nem um til, porém grande era Bonaparte no manejo com um fuzil. Fez Dom João VI em Lisboa, pegar depressa uma canoa e fugir para o Brasil.
O Brasil muito ganhou com a família imperial. De repente ficou Reino Unido a Portugal. E como os índios eram bravos e não aceitaram a escravidão, mandou vir negros da África para o serviço braçal.
Dom João de volta a Lisboa em um grande veleiro, disse a Pedro I:
_ Tu vai ver o que é coisa boa. Os gajos americanos querem tomar-te a coroa.
E Dom Pedro vendo a coisa apertada, apelou pela sorte e desembainhando a espada enferrujada e sem corte, lá nas margens do Ipiranga, gritou para um índio de tanga:
_ Ou Independência ou Morte!
O índio ficou calado e, quem cala consente, o Brasil foi libertado e Portugal felizmente nem ligou para a manobra, já tinha ouro de sobra do Brasil dependente.
Depois de estudo profundo, Dom Pedro I disse ao povo brasileiro:
_ Vou voltar ao Velho Mundo, não quero ficar aqui e nas mãos de Pedro II eu deixo o abacaxi.
Naquele grande palácio ficou o infante Pedrinho por conta de Bonifácio e não teve outro caminho, a não ser de luta e de guerra contra o Paraguai nosso vizinho.
A princesa Izabel deu ao negro a libertação. Eis o retrato fiel da maior tapeação: teve o escravo a liberdade mais ficou na humanidade sem lar, sem terra e sem pão.
Foi feita a Proclamação, sem luta ou guerra civil,com uma salva de canhão sem um tiro de fuzil. E Deodoro contente foi eleito Presidente pelo povo do Brasil.
Um fato merece estudo pela sua coincidência, Deodoro o cabeludo, renuncia a presidência dizendo:
_ Forças ocultas fizeram-me interferências.
Coitada desta nação parece que não tem sorte, saiu de uma exploração e caiu noutra mais forte.
Passamos de Portugal ao Trust internacional lá da América do Norte.
Oh! Brasil dos lusitanos,
Oh! Brasil de Portugal.
Brasil dos EUA e do Trust internacional.
Oh! Brasil dos estrangeiros
Dizei quando nós brasileiros teremos um Brasil Nacional.

Paulo Pilon – Diretor do CEIER de Águia Branca

Um comentário:

  1. Que eu saiba, esse texto é do poeta Pompílio Diniz. Seria bom dar o crédito a um texto escrito e publicado há tantos anos.

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